terça-feira, 24 de maio de 2011

Novidades sobre Visualização - Já espreito o Caldeirão

O que usei é igual a este mas de 1/2 L e s/ tampa


   Olá!
   Já há uns tempos que não vos dava noticias sobre a minha demanda e decidi postar hoje porque não é justo que o faça apenas quando as coisas vão mal. Pois é as noticias são boas e penso que devo começar por agradecer ao Jopz por me ter sugerido que experimentasse novos estimulos que não concretamente visuais. Realmente isto permitiu-me ter uma postura mais relaxada e em vez de considerar o meu comportamento imaginativo meramente problemático, ser capaz de explorar as suas potencialidades.

   A coisa tem estado a correr tão bem que esta lua decidi experimentar espreitar o caldeirão/taça, “to scry in”. Para esta actividade eu tinha duas fontes, por um lado a Marian Green em A Witch a Alone: “[...] This moon-blessed water can be used to scry in, placed in a clear vessel on a dark background, perhaps contained within the circle of candle light just as the old witches used to scry in their seething cauldrons. Focus your inner sight on the depths of the water when it has become still, and then relax with your eyes closed. Ask the moon to bless your vision, and gently open your eyes, gazing steadily but without strain into the water. See what you notice, but do it in a calm way, allowing any changes to occur without breaking your detached mode of thought. Nothing may happen the first time you try, but if you persist you will begin to see a milkiness in the water, vague patterns of colour, points of light, and over a few sessions, these will grow clearer and eventually become pictures, symbols, numbers, words, figures, or simply voices in your head telling you things. […]”

   Por outro os conselhos de Hengalardel que realizou o exercicio com sucesso num workshop: “Enches o caldeirão de àgua numa sala escura e depois acendes uma vela que posicionas de modo a que vejas o interior do caldeirão mas não o teu reflexo nem o da vela. Respiras fundo seis vezes e depois abres os olhos e fixas a vista até começares a ver alguma coisa, não te podes mexer nem fechar os olhos.”

   Dado que nenhum referia psicotrópicos deduzi que os factores chave para o exercicio seriam o contraste luz escuridão e o fixar do olhar durante um periodo prolongado. Ora apesar disto eu ainda estava com duvidas quanto ao modo de criar um jogo de luz propicio. Mas a vontade de experimentar era tanta que acabei por seguir o instinto e experimentar ainda que de um modo diferente.

   Numa noite de crescente, com água preparada de véspera, fui para um local escuro peguei numa vela e posicionei-a quase debaixo do caldeirão. Deste modo a boca do caldeirão fica escura como bréu e rodeada por um aro de luz como num eclipse total. Fechei os olhos relaxei e comecei a abri-los muito lentamente ficando a fixar a boca do caldeirão com os olhos semicerrados e a visão um pouco desfocada. O que me pareceu certo porque aquilo que eu queria ver não se via com os olhos da razão. Com este fixar sem pestanejar a dada altura (e não foi preciso esperar muito tempo) comecei a ver uma neblina branca a espessar dentro do caldeirão. Estava convencida que acabaria por começar a vazar e que traria consigo simbolos e imagens, mas neste momento ouvi-me a mim própria a fazer uma pergunta que me perturbou e na qual ainda estou a pensar. Com isto vacilei e acabei por não me conseguir fixar novamente pelo que decidi voltar para a cama. Enfim posso ter feito tudo mal mas ao mesmo tempo sinto que obtive algo, consegui concentrar-me e ver qualquer coisa.

   Estou agora a experimentar as outras técnicas para perceber qual a melhor para mim, até porque os jogos de luz anteriormente propostos parecem bastante diferentes disto. Quero também tentar as diferentes fases da lua e recipientes dado que o caldeirão tem pinta mas não é muito prático, aliás só optei por ele porque não achei nenhuma taça de jeito.

   Fica aqui a minha partilha com um convite à troca de experiências.